Vivenciar as emocões
- Valéria Haddad

- 2 de jun.
- 1 min de leitura
Atualizado: 3 de jun.

No mundo de hoje, muitas vezes somos rápidos em fugir das nossas emoções, especialmente das dolorosas. Estamos cercados por distrações e mecanismos de defesa contra a dor – desde o rolar constante no celular até os excessos nas compras, na comida ou em álcool ou alucinógenos. É como se fôssemos condicionados a evitar a dor a qualquer custo. Mas nem sempre foi assim. No passado, havia mais aceitação e respeito por aqueles que estavam sofrendo. Veja o exemplo das viúvas – as comunidades lhes ofereciam espaço para viver o luto pelo tempo que fosse necessário. As pessoas se reuniam ao redor delas, oferecendo apoio sem pressioná-las a "seguir em frente" rapidamente.
Hoje, tendemos a encobrir o desconforto – tanto o nosso quanto o dos outros. Mas a verdade é que o verdadeiro crescimento e a cura muitas vezes acontecem quando nos permitimos permanecer com as nossas emoções, sem pressa de fugir delas. Quando evitamos a dor, não estamos apenas evitando o desconforto; estamos perdendo a oportunidade de crescer, de desenvolver empatia, de construir resiliência. Imagine um mundo onde pudéssemos sustentar o espaço para as lutas uns dos outros, assim como as comunidades faziam antigamente. Talvez encontrássemos uma conexão mais profunda conosco e com os que nos cercam, levando a uma forma de viver mais compassiva e com mais presença.




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