As questões da vida

"Quando bloqueamos partes do passado que são desagradáveis ou embaraçosas, muitas vezes perdemos mais do que imaginávamos. As defesas que bloqueiam memórias dolorosas também bloqueiam as prazerosas. E essa incapacidade de lembrar o que foi positivo nos rouba energia e alegria, além de nos impedir de formar e manter uma atitude otimista. O ideal é estar livre da necessidade de distorcer a realidade, de modo que, se desejar, você possa relembrar sentimentos do passado e se sentir livre para reexaminá-los e resolvê-los de uma nova forma.

Esse processo de resolver problemas emocionais ao longo da vida torna possível o verdadeiro crescimento e desenvolvimento. As ‘questões’ do desenvolvimento infantil, por exemplo, reaparecem constantemente como conflitos em nossas vidas e continuam a nos moldar. Se permanecermos abertos, podemos continuar a crescer. Se estivermos fechados e defensivos, desperdiçamos nossa energia e nunca realizamos nosso potencial. A questão da fase mais precoce do desenvolvimento é a dependência; o objetivo de vida é alcançar a independência. A questão da fase seguinte é domínio e controle; o objetivo de vida é alcançar a liberdade. A questão da fase seguinte é identidade, inclusive sexual; o objetivo de vida é simplesmente sentir-se à vontade sendo quem você é e aceitar seus sentimentos sem fingimentos." (Viscott, David. The Language of Feelings. HarperCollins, 1992)